terça-feira, 5 de abril de 2016

Género FEMININO ou MASCULINO?

O termo género é utilizado para se referir à identidade adotada por uma pessoa de acordo com os seus órgãos genitais, psicologia ou no seu papel na sociedade. Ainda que o género seja designado como um sinonimo eufemístico do sexo, nas ciências sociais e no ramo da psicologia refere-se às diferenças sociais, conhecidas nas ciências biológicas como papel de género. Historicamente, com a emancipação feminina posicionou os papéis de género como construídos socialmente, independentes de qualquer base científica. Pessoas cuja identidade de género difere do género denominado de acordo com os genitais são normalmente identificadas como transexuais ou transgéneras. Critico então estes conceitos tão definidos por serem tão precisos, parece que no ideal de uma sociedade só poderiam existir pessoas rotuladas como sendo do sexo feminino ou masculino. A ironia é que as pessoas vivem num mundo de fantasia em que não saem da sua zona de conforto e afugentam aquelas que apresentaram características diferentes daquelas a que estão habituadas. Na minha ótica de visão à cerca do mundo ninguém nasce como um Homem ou como uma Mulher, são os ideais que fazem  a construção evolutiva de um ser humano, tal como os comportamentos entre outros fatores. Hoje em dia nem sei se seria capaz de afirmar que o termo género existe, talvez se esteja a extinguir. 

Reflexão polémica da MULHER no núcleo da sociedade

A história do papel das mulheres como individuo integrante e de grande relevância na sociedade ao longo dos anos é algo confuso e controverso.
Nos primórdios da história as figuras femininas tinham um peso enorme na sociedade, sendo um foco devido à fertilidade. Isto é, as mulheres eram apenas um meio de reprodução e nada mais. Mais tarde, os valores cultivados da família levaram à valorização da mulher como uma submissa e como alicerce fundamental do trabalho doméstico como uma virtude. Contudo, a visão da história dominante, predominantemente masculina, representa a mulher com símbolo de grande sensualidade, beleza e luxuria, como é o caso da Vénus. A partir do século XII, impõe-se a imagem de Maria na sociedade medieval, intensificando a presença e a promoção feminina na religião, que vai ainda remeter a imagem da mulher como alguém que apenas se deve submeter ao panorama divino. No Barroco, artistas como Vermeer, retratam-na em cenas do quotidiano, (ex: “A leiteira”) prisioneira das tarefas domésticas que lhe foram indiscutivelmente atribuídas. Todavia dá-se uma reviravolta na mentalidade e com isto a mulher é vista como símbolo da prostituição e como meio de atingir o prazer sexual. Esta perceção da mulher é ainda muito julgada nos dias de hoje e até condenada, mas a verdade é que a imagem da mulher nos cartazes que se espalham pelas avenidas, representam figuras supérfluas destinadas a satisfazer, mais uma vez, as tentações do ser masculino.

Por favor, É URGENTE BARALHAR AS CARTAS!

  Todos os dias, quando andamos na rua, vemos seres recheados de materiais valiosos, excêntricos, vistosos e vazios. Eu penso que há uns anos atrás poderia dizer que as pessoas usavam estes materiais para criarem uma capa ilusória de si mesmos, onde poderiam ser duas personalidades: a que escondiam por vergonha ou simples enigma e aquela que queriam mostrar ao mundo para atingirem algum objetivo ou serem aceites socialmente. Até aqui não critico nada, acho que devemos ser autênticos, mas porque não guardar a nossa autenticidade só para quem nos mostra a sua… enfim…
  Hoje, quando estava a vir para casa, observei várias pessoas que andavam ao meu lado e pus-me a imaginar quem seriam por detrás de todo o seu show-off e que papeis teatrais queriam elas representar. A conclusão a que cheguei, e tenho a certeza que não sou nem a primeira nem a segunda, é que já não existe uma segunda personalidade… Se retirarmos todas as roupas caras, telemóveis, carros e sedas (só para não dizer trapos que iria contradizer o texto) não sobra nada “palpável”, apenas seres vazios, miseráveis, que se lamentam dia após dia pela sua infelicidade… mas onde é que estão essas personalidades?   O mundo está tão clichê, desinteressante, enfadonho…  e tudo por nossa causa! Nem a personagem que queremos encarnar é original… Temos todos os instrumentos nestas mentes para podermos por a funcionar este mundo e todos os seus vizinhos, mas mesmo assim, continuamos, segundo após segundo, a escolher sempre a mesma carta do baralho.. Não sei mesmo onde andam os apreciadores de arte, mas um teatro com biliões de MIMOS não conta, nem ensina nada…


Natal, o melhor pretexto para se ir às compras!

 Hoje em dia já ninguém reconhece o verdadeiro significado do Natal. As pessoas andam completamente vidradas nos seus pensamentos materialistas e obcecadas em cumprir a tempo as suas enormes listas de presentes que as suas fracas mentes embaciadas se esquecem do que é ou deveria ser um tempo de alegria e união.

   Por mais que me interrogue, não consigo compreender qual foi exactamente o momento da Era do Homem que este se tornou egocêntrico e profundamente egoísta.Onde é que nós erramos? Porque é que a educação se tornou um "ideal" de criança para criança? Se afirmamos que a nossa imaginação e criatividade nunca se esgota quando somos mais novos, conseguimos ter uma pequena porção de noção da dimensão de um Mundo criado por seres menores. Visto que, nos dias de hoje quem comanda as famílias são os filhos e não os pais que deveriam impor respeito, todas as bases de uma educação minimamente aceitável estão invisíveis ou a caminhar para a extinção. Serei eu a única que se interroga se os meus filhos me irão pedir um cartão de crédito ou um I-Phone no Natal dos 7 anos?  
Oiço os meus avós e as pessoas mais velhas contarem como era vivido o Advento à relativamente poucos anos atrás e fico surpreendida e com inveja daquele espírito natalício, onde se dava valor a coisas simples. Eu não sou extremista ao ponto de negar qualquer presente, discordo, eu adoro presentes mas dou muito mais valor a uns biscoitos caseiros com cheiro a lareira e embrulhados pela própria pessoa do que o telemóvel mais caro do mercado dentro de um desconfortável saco impessoal. Na teoria, todos nós criticamos estas mentes vazias, no entanto a realidade visível na nossa prática é completamente incoerente com aquilo que queremos ser ou dizer. Não somos capazes de fazer esforços, ou ceder a objectos dispensáveis para viver uma vida autentica. A paz, o espírito e a vontade de estar com os amigos e a família tornou-se uma obrigação/rotina na maior parte das casas, contudo,estes momentos são para ser sentidos e aproveitados uma vez que há milhões de pessoas no Mundo que gostariam de ter a nossa sorte.
  
Em suma, a época do ano que mais nos deveria preencher interiormente, tornou-se apenas um passe gratuito com a intenção de o ser humano mostrar o seu pior lado consumista.